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20/09/2010
Valter Pereira diz que Andr no tem lado e no se pauta pela tica e nem pelo respeito a compromissos

Peemedebista histrico, o senador Valter Pereira recusou a alternativa sugerida pelo governador aps ser derrotado nas prvias para o deputado federal Waldemir Moka pela candidatura ao Senado, em maro deste ano. Valter, em sintonia com a orientao nacional, recebeu a misso de coordenar em nvel regional a campanha de Dilma Rousseff presidncia da Repblica. Na avaliao do senador, seu apoio ao PT decorreu de uma circunstncia local.

Em entrevista ao Midiamax, Valter Pereira comenta o atual cenrio eleitoral e dispara contra o governador Andr Puccinelli, a quem atribui prticas "maquiavlicas" para atingir seus objetivos polticos. "Ao romper o seu compromisso, desprezar minha biografia partidria e me tratar como adversrio, o governador Puccinelli agiu com deslealdade", declara.

Midiamax - O PMDB de Mato Grosso do Sul decidiu apoiar a candidatura de Jos Serra presidncia e o senhor assumiu a coordenao da campanha da ex-ministra Dilma Rousseff. Isso um rompimento com o seu partido?

Valter Pereira - Absolutamente. O PMDB decidiu na sua instncia suprema, a conveno nacional, coligar-se com o PT e indicou o jurista Michel Temer como vice da ministra Dilma. Assim, quem transgrediu a diretriz partidria foi o governador Andr Puccinelli, que levou o PMDB estadual para o ninho dos tucanos, declarando apoio ao candidato Jos Serra.

Midiamax - O senhor acha que a deciso do diretrio nacional foi a melhor opo para o partido?

VP - A melhor deciso teria sido o lanamento de candidatura prpria. Infelizmente, o PMDB nacional vem abrindo mo do papel principal para ser coadjuvante da cena poltica brasileira. Mas no contexto em que o partido se insere, a deciso foi a mais coerente e melhor. Afinal, o PMDB tem sido o principal parceiro do presidente Lula no Congresso. Nenhum outro partido da base aliada tem dado maior respaldo ao seu governo. Dessa forma, o apoio candidata petista foi um resultado natural dessa cooperao. Ao decidir participar da chapa presidencial, o PMDB se habilita a participar das decises de governo. E isso bom porque d um certo tempero ao governo petista e abre espao para o PMDB retomar sua insero nacional.

Midiamax - Apesar de ter iniciado a campanha do candidato do PSDB, o governador deixou de empenhar-se na campanha do candidato Jos Serra e tem usado imagens suas com presidente Lula nos programas eleitorais. Como o senhor enxerga isso?

VP - Na verdade, o governador no tem lado e no se pauta pela tica nem pelo respeito a compromissos. Ele se orienta exclusivamente pela mxima maquiavlica de que os fins justificam os meios. Se o Serra se mantivesse competitivo, ele no economizaria exibies com o tucano. Como a candidatura do PSDB naufragou, ele no se constrange em escond-lo e, ao mesmo tempo, apropriar-se das imagens do Lula, a despeito das declaraes at emotivas do presidente em favor do Zeca do PT.

Midiamax - No segredo para ningum que o senhor rompeu com o governador Andr Puccinelli, que do seu partido. Sua atitude no foi uma retaliao desmedida ao resultado da eleio prvia que resultou na escolha de outro candidato ao Senado?

VP - Minha atitude no foi conseqncia do resultado da eleio prvia, at porque quem entra nesse jogo precisa considerar as hipteses de ganhar ou perder. O problema foi a conduta do governador Andr Puccinelli. Ele garantiu que permaneceria imparcial e agiria apenas como rbitro. At a terceira semana que antecedeu a prvia, ele manteve a iseno apalavrada. Naquele momento, depois de constatar que eu conquistara a preferncia dos filiados, ele abandonou a iseno e se engajou na candidatura do meu concorrente. Mais grave: manejou o poder pblico para me vencer. Ao romper o seu compromisso, desprezar minha biografia partidria e me tratar como adversrio, o governador Puccinelli agiu com deslealdade. Ao longo de minha vida aprendi resignar-me com muitas provaes, mas com a trapaa, no. O fato de ter sofrido o golpe de um companheiro a quem s ajudei, demoliu a confiana que deve orientar a relao poltica. Na verdade, o gesto de eleger-me seu adversrio j traduziu um rompimento promovido pelo prprio governador.

Midiamax - Depois da eleio prvia que lhe tirou da disputa do Senado, o governador no lhe props uma compensao poltica?

VP - Na manh seguinte prvia, recebi a visita dele. Na ocasio, tentou eximir-se da responsabilidade pelo que aconteceu e me props compensar-me com a eleio de deputado federal. Prometeu-me apoio poltico e financeiro. Depois disso, procurou-me mais duas vezes, quando desculpou-se pelo que fez. Alm do que havia proposto, acenou-me com a participao em seu governo atual e numa hipottica istrao futura.

Midiamax - No teria sido melhor ter aceitado a ajuda oferecida e ter entrado na disputa por uma vaga na Cmara Federal? O senhor no mediu o efeito de ficar sem mandato?

VP - Quem acha que o mandato o maior de todos os valores, no tem dificuldade para transigir com a prepotncia de quem se julga dono das pessoas. Para mim, dignidade e respeito so mais relevantes do que qualquer mandato ou cargo pblico. Mandato se conquista com voto. A dignidade e o respeito so frutos de atitudes. Se aceitasse a proposta do governador, teria que subir no palanque de quem me traiu e falar bem de quem no honra a palavra.

Midiamax - Sempre houve um reconhecimento no seu partido sobre o papel que o senhor vem cumprindo desde a fundao do antigo MDB. No entanto, o senhor declarou apoio candidatura do Zeca do PT. Isso no uma negao a sua prpria historia peemedebista?

VP - Inicialmente gostaria de lembrar que o governador Andr Puccinelli j se hospedou no ninho dos tucanos. Quem abriu as portas para ele voltar fui eu, quando assumi a presidncia do diretrio estadual do PMDB. Se as portas do partido permanecessem fechadas, muito provavelmente ele no teria sido prefeito de Campo Grande e governador do Estado. Portanto, ele no tem l esse histrico de lealdade partidria para merecer fidelidade canina de seus companheiros. De sorte que o apego e a dedicao dele aos compromissos do PMDB sempre foram muito frgeis. Quer um exemplo? Ele no mede o seu investimento e peso poltico para eleger o engenheiro Edson Giroto como o deputado federal mais votado nesta eleio. No entanto, o Giroto no filiado ao PMDB e, sim, ao PR. E todos ns sabemos que ele se inscreveu nesse partido por escalao do governador. Ora, se o governador tivesse um razovel apego ao PMDB, jamais escalaria o seu preferido, o seu homem de confiana, para ser o mais votado em outra agremiao. Ele disputaria pelo PMDB. Ou algum duvida que foi o governador que escalou o Giroto para encher a empadinha do PR?

Midiamax Na sua opinio, quem perde com isso?

VP - Quando voc usa uma barriga de aluguel para eleger algum, o seu partido perde. Perde em tempo de mdia institucional, aquela que destina horrio de TV para o partido fora do perodo eleitoral. Perde financeiramente, tambm. Acontece que, tanto o tempo de mdia quanto o valor do Fundo Partidrio, so calculados atravs do nmero de deputados federais do partido e no da coligao. Assim, maior bancada de deputados federais significa mais recursos e mais tempo de TV. por isso que todos os partidos priorizam a eleio de deputados federais, menos o PMDB do Andr.

Outro sintoma de desapreo do governador com o PMDB foi a precariedade de sua interlocuo com o partido. Dirigentes municipais do PMDB s aram a ser recebidos pelo governador no ano eleitoral, quando se descobriu que haveria disputa acirrada. Naquele momento o governador enxergou serventia nos diretorianos municipais e ou a distribuir at casas populares para vereadores fazerem poltica. E isso s no lhe trouxe maiores problemas porque o PMDB um partido tolerante.

Outro desprezo ao partido foi na eleio de 2002. Naquela ocasio ele se comprometera de ser o candidato a governador e empolgara o partido. Na ultima hora amarelou, desertando da disputa sem dar explicao dos motivos. O PMDB no teve como reformular seu projeto. Na ocasio, defendi o lanamento de Ramez Tebet ou outro nome e fui at criticado por isso. Mas a verdade que o partido ficou sem candidato e acabou improvisando a candidatura da Marisa Serrano, do PSDB, em cuja campanha o Andr fez corpo mole e todo mundo percebeu isso. Alis, at hoje o Andr no explicou a razo daquela desero, o que acaba dando crdito s desabonveis explicaes que se alastraram pela radio peo na poca. Por tudo isso e muito mais, garanto que no rompi com um lder que tenha histrico partidrio e tomei a deciso de apoiar o Zeca ciente de que em nada afeta minha coerncia poltica. Ao contrrio, a conduta poltica do Zeca est mais prxima do programa doutrinrio do PMDB do que o comportamento autoritrio do Andr.

Midiamax - At que ponto esses desentendimentos internos podem afetar o desenvolvimento do Estado?

VP - De minha parte, nunca neguei apoio istrao do governador Andr Puccinelli. Mesmo depois de ingressarmos no calendrio eleitoral, me empenhei na aprovao, do Senado, de um generoso emprstimo de U$ 360 milhes para infra-estrutura do Estado. Portanto, mesmo depois da trairagem dele comigo. Afinal, o Estado permanente e o governante transitrio. A verdade que nunca neguei a minha contribuio com desenvolvimento do Estado, independentemente de me preocupar com o partido que o governa.

O contorno ferrovirio de Trs Lagoas ser construdo pelo Estado com recursos federais alocados com emenda oramentria de minha autoria. O contorno rodovirio de Corumb obra federal proposta por emenda de minha autoria juntamente com o senador Delcdio Amaral e o deputado Antonio Carlos Biffi. E quem foi inaugur-lo foi o governador Andr Puccinelli. Recursos federais para o Estado dotar municpios de patrulhas mecanizadas foram alocadas por mim atravs de emendas, tambm. Meu trabalho contemplou escolas estaduais, rodovias federais, a ponte que vai ligar Trs Lagoas a Castilho (SP), infra-estrutura de municpios, entre outros, e no vou parar de liberar recursos enquanto tiver condies de faz-lo.

O que pode afetar o desenvolvimento do Estado a m gesto. Nesse sentido, confesso-me desapontado com modelo de gesto implementado em Mato Grosso do Sul nos ltimos anos. Um governante que centraliza em suas mos tanto a maior obra do Estado quanto uma diria de um policial para realizar uma diligncia em outro municpio, inevitavelmente acaba travando o desenvolvimento do Estado.

Midiamax - A campanha eleitoral est trazendo tona muitas denuncias nos programas eleitorais e em outros meios, inclusive apcrifos. O que o senhor acha desse clima?

VP - Toda campanha tem um momento propositivo e outro de embate. importante para o eleitor conhecer a forma com que cada candidato enfrenta tais problemas. O Zeca tem feito diretamente e sem rodeios suas crticas. J o Andr vem terceirizando seus ataques. Basta prestar ateno no programa eleitoral do PSOL e na linha editorial de numerosos rgos de imprensa que tem vivido s expensas do Estado. Quando o candidato usa um pseudo-concorrente para enfrentar o adversrio, acaba ocultando sua verdadeira identidade. Como disse o Ministro Minc, o Andr precisa sair do armrio e enfrentar o seu adversrio de peito aberto. Alis, muito estranho que os mais importantes veculos de comunicao do Estado no tenham realizado debates entre candidatos a governador e senadores.

Midiamax - Dentre as denncias contra Zeca do PT, h noticias de supostas irregularidades em seu governo. Como o senhor avalia essas denncias?

VP - difcil um governante deixar a istrao sem ser atingido por algum tipo de processo. Quando so procedentes, a justia condena. O Zeca tem enfrentado vrios e se defendido. J o atual governador vem se esquivando dessa responsabilidade atravs de uma proteo que obteve da Assemblia Legislativa. H um processo peludo contra ele no STJ que est paralisado porque o legislativo estadual negou licena para process-lo. Enquanto o STJ no julgar o Andr temerrio dizer que o processo dele procedente ou no. E isso vale, tambm para o Zeca.

Midiamax - Em face das recentes perturbaes polticas no Estado, possvel a convocao de tropas federais para garantir a regularidade eleitoral em Mato Grosso do Sul?

VP - Essa medida extrema e cabe ao TRE solicit-la caso entenda que existam riscos que justifiquem.
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