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Sade
21/09/2023 - 06:42
PNI prepara incluso das vacinas de covid-19 no calendrio de rotina
Aps mais de 540 milhes de doses aplicadas em quase trs anos, o Brasil vive em 2023 um perodo de transio na vacinao contra a covid-19, das campanhas emergenciais para a imunizao de rotina. A avaliao foi feita na quarta-feira (20) pelo diretor do Programa Nacional de Imunizaes (PNI), Eder Gatti, na Jornada Nacional de Imunizaes, realizada pela Sociedade Brasileira de Imunizaes (SBIm), em Florianpolis. O diretor disse que os municpios trabalham h praticamente trs anos em uma campanha de vacinao contra a covid, mas a mudana no cenrio epidemiolgico da doena requer a incorporao dessa vacina no calendrio do programa.
Em 2023, o Ministrio da Sade estendeu a vacinao com doses de reforo bivalentes para toda a populao acima de 12 anos de idade. A adeso, porm, foi baixa at mesmo para os grupos prioritrios, considerados de maior risco de agravamento da doena. Enquanto 516 milhes de doses de vacinas monovalentes foram aplicadas no pas, somente 28 milhes de bivalentes foram istradas, sendo apenas 217 mil em adolescentes.
Para 2024, a proposta ainda em elaborao a adoo de um calendrio de vacinao contra a covid-19 na rotina de crianas menores de 5 anos, e doses de reforo peridicas ao menos uma vez por ano para grupos de risco, como idosos, imunocomprometidos (pacientes com sistema imunolgico debilitado) e gestantes, seguindo orientao da Organizao Mundial da Sade (OMS). H ainda a possibilidade de incluso de outros grupos como profissionais de sade e comunidades tradicionais.
"Vacinar toda a populao, como a gente vem fazendo, precisa ser revisado nesse momento de transio em que nos encontramos. Fizemos reunies tcnicas e tiramos diretrizes bsicas que o Ministrio da Sade vai seguir em discusses internas. Agora, o anncio disso ainda depende de uma discusso com a gesto tripartite [governo federal, estados e municpios]", conta Gatti.
“Hoje, avanamos tanto na avaliao da recomendao internacional, da OMS, quanto na discusso com os especialistas, mas precisamos avanar nessa pactuao”, complementa.
O diretor do PNI pretende iniciar uma estratgia de vacinao de rotina contra a covid-19 no incio de 2024, para substituir o "carter de excepcionalidade", com constantes alteraes, que ainda dita o ritmo da imunizao contra a doena.
"A covid-19 precisa deixar de ser uma estratgia de campanha e e a ser uma recomendao permanente. Esperamos fazer anncios oficiais com a estratgia mais completa antes do fim do ano".
Gatti ressalta que a vigilncia das variantes deve ser constante, porque so elas que determinaram as ondas de infeco desde o incio da pandemia. Esse comportamento difere de outras doenas de transmisso respiratria, cujas incidncias so mais influenciadas pelas estaes do ano. Ainda que seja importante ter vacinas atualizadas contra essas variantes, ele argumenta que mais importante garantir que a vacinao acontea.
"O SAGE [grupo consultivo de vacinao da OMS] no fala tanto de qual a vacina que deve ser feita. A OMS pauta como deve ser a composio da vacina, agora sobre qual vacina usar existe uma certa liberdade", pondera o diretor do PNI, que adianta que o posicionamento do programa ser disponibilizar as vacinas disponveis preferencialmente na ltima verso licenciada e atualizada contra variantes. "As prximas aquisies do Ministrio da Sade vo seguir essa lgica. Provavelmente sero vacinas de RNA mensageiro com as composies colocadas conforme licenciamento".
Para garantir vacinas nacionais da plataforma RNA mensageiro, mais verstil na luta contra o coronavrus, o Ministrio da Sade tem apoiado desenvolvimentos prprios do Instituto de Tecnologia em Imunobiolgicos (Bio-Manguinhos) e do Instituto Butantan. Gatti considera que o ideal que uma tecnologia nacional de RNA mensageiro possa estar disposio do PNI, uma vez que as vacinas contra covid-19 oferecidas por esses laboratrios at o momento so de outras plataformas.
“A gente espera comear os ensaios clnicos dessa plataforma de vacina brasileira de RNA logo. Essa uma tecnologia que importante a gente dominar, porque ela permite desenvolver vacinas de uma forma mais rpida e para outros agentes infecciosos tambm. A gente precisa buscar isso e est nesse caminho”.
Corrida contra o vrus
O secretrio do Departamento de Imunizaes da Sociedade Brasileira de Pediatria e representante da SBIm em Pernambuco, Eduardo Jorge da Fonseca, descreve que a transio para uma vacinao de rotina contra a covid-19 est em discusso em todo o mundo. O Reino Unido, por exemplo, decidiu adotar a recomendao da vacina aos grupos prioritrios sugeridos pela OMS. J outra parte da Europa e os Estados Unidos estenderam a vacinao a toda a populao.
"No momento atual, temos evidncias da importncia de manter os reforos com as vacinas bivalentes disponveis no Brasil. No h consenso se devemos revacinar todas as pessoas. Provavelmente, tambm aqui, adotaremos vacinar os grupos de maior risco com a vacina atualizada. Mas precisamos garantir o aumento da cobertura das vacinas j disponveis, principalmente da peditrica".
A corrida constante para manter as vacinas atualizadas contra as cepas circulantes tem sido vencida pelo coronavrus SARS-CoV-2, que continua a sofrer novas mutaes para adquirir escape imunolgico. As vacinas continuam comprovadamente efetivas para reduo da gravidade de suas infeces, mas no conseguem neutraliz-las nem bloquear o vrus, que est sempre um o frente em sua evoluo acelerada. Um exemplo disso a vacina monovalente contra a variante XBB, que chegou aos Estados Unidos em um momento em que a variante dominante era a EG.5, e j com a BA.2.86 em ascenso.
Apesar dessa necessidade, ele refora que as vacinas atuais conseguem reduzir de forma importante as chances de internao ou morte por covid-19, mesmo quando no esto diretamente atualizadas com a "verso mais recente" do coronavrus. Por isso, preciso ampliar a cobertura vacinal com as doses de reforo bivalente e proteger tambm as crianas que no tiveram o ao esquema inicial de duas doses.
Salto evolutivo
O desenvolvimento de uma vacina genrica que proteja no apenas contra todas a variantes do SARS-CoV-2, mas tambm contra todos os coronavrus um objetivo das pesquisas que trabalham para manter o controle da pandemia, conta o bilogo Jos Eduardo Levi, pesquisador do Instituto Medicina Tropical da USP. O SARS-CoV-2, porm, tem se comportado de forma totalmente imprevisvel.
"O vrus continua evoluindo, e a gente continua sob o risco de sair de controle. No compartilho dessa percepo de que a pandemia acabou", diz ele, que acredita que a imunidade das vacinas somada imunidade natural gerada pela infeco tem protegido grande parte da populao de casos graves, porm tambm pressionado o vrus a evoluir mais para continuar circulando.
Ele alerta que a nova variante em ascenso nos Estados Unidos e Reino Unido, a BA.2.86, deu um salto evolutivo comparvel ao que a variante micron representou em relao a suas antecessoras. O pesquisador conta que h quem considere a micron um "SARS-CoV-3", porque alterou totalmente o comportamento da pandemia, produzindo uma onda de casos muito mais acelerada.
"Antes da micron, as variantes de preocupao no descendiam umas das outras, todas vinham da variante ancestral. Depois da micron, todas as variantes que se tornaram predominantes foram variantes derivadas da micron. A histria evolutiva se modifica”.
Levi destaca que importante vacinar principalmente pessoas imunocomprometidas. Alm de terem maior risco de morrer com a covid-19, essas pessoas, ao serem infectadas, podem oferecer mais chances de mutaes ao SARS-CoV-2, que permanece por mais tempo no organismo sem ser neutralizado pelas defesas. Isso acontece porque o SARS-CoV-2 consegue no evoluir por mutaes, mas tambm por delees, que so eliminaes de partes de sua estrutura que j causam reao das defesas do organismo. Ao perder esses pedaos, o vrus volta a confundir o sistema imune.
“A teoria hoje comprovada que essas variantes surgem principalmente no corpo de pessoas com imunodeficincias. Um trabalho clssico acompanhou por 180 dias um paciente imunodeficiente e, gradualmente, h um acmulo de mutaes e delees. Tanto que, no dia 180, o paciente continua doente e falece com um vrus totalmente diferente do vrus que entrou”.
*O reprter viajou para Florianpolis a convite da Sociedade Brasileira de Imunizaes (SBIm)
Edio: Carolina Pimentel
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