Assembleia Extraordinria da FFMS (Federao de Futebol de Mato Grosso do Sul) votou na tarde desta segunda-feira (14) pela destituio de Francisco Cezrio de Oliveira da presidncia da entidade. Foram 44 votos pela destituio e 21 votos contrrios. Vale lembrar que alguns votos tm peso maior – no caso, clubes da srie A tm peso 3, enquanto a srie B tem peso 2 e os demais clubes amadores e ligas esportivas tm peso 1.
O ex-mandatrio da FFMS foi preso no mbito da operao “Carto Vermelho”, acusado de integrar organizao criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideolgica e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele est em liberdade provisria, usando tornozeleira eletrnica, enquanto aguarda julgamento. Ele permaneceu 28 anos frente da entidade.
Na assembleia, foram avaliados os atos do gestor. Coube aos associados deliberar sobre as consequncias e penalidades previstas no estatuto. A defesa de Cezrio contestou a legalidade do ato istrativo e diz que vai recorrer na Justia.
A reunio estava marcada para 14h, no auditrio da Cmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL), restrita aos associados da Federao. A assembleia foi convocada pelo presidente interino Estevo Petrallas.
Priso de Francisco Cezrio (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)
Defesa falou que vai pedir anulao de assembleia
Mais cedo, a defesa de Francisco Cezrio de Oliveira afirmou que dever acionar a Justia para anular as decises da assembleia extraordinria convocada para esta tarde (14). Segundo o advogado Jlio Csar Marques, a defesa dever entrar com ao declaratria de nulidade de ato jurdico com pedido liminar para que torne sem efeito imediatamente os atos da assembleia.
“Ele [Cezrio] no foi intimado para apresentar defesa formal no prazo legal. Foi aberta assembleia atravs de um parecer jurdico, mas no de uma acusao. Seria preciso uma acusao para abrir o processo, com direito de defesa do Cezrio. Ento, foi aberta uma assembleia extraordinria una, sem acusao formal, utilizando apenas os fundamentos do Ministrio Pblico, da Justia Estadual. Sendo que o Estatuto prev, no artigo 1 e pargrafo 2, que eles mesmos apurem, e no usem as acusaes do Gaeco. A interveno estatal est ocorrendo em separado e no est havendo apurao de conduta da prpria instituio”, sustentou o advogado ao deixar a reunio, que ocorre a portas fechadas.
“No tive como entrar no mrito durante a reunio. Minha defesa foi exclusivamente processual, at porque eu no tenho um acusao formalizada [pela FFMS]. Eu tenho a do Gaeco, que no a mesma da instituio. Aguardamos que se delibere e que se intime o Cezrio formalmente para apresentar defesa em relao s acusaes da instituio, e no as do Gaeco, que so criminais. As acusaes da Federao precisam ser do mbito istrativo. O Estatuto no est sendo respeitado aqui”, concluiu.
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