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Sade
06/12/2024 - 08:16
Novo plano para combater cncer de colo tem foco em rastreio e vacina
Agncia Brasil
Em 20 anos, o cncer de colo de tero pode se tornar doena residual no Brasil, se o pas seguir um novo plano de combate doena, que prev avanos no rastreio, tratamento e, principalmente, na vacinao contra o HPV. Hoje, esse o terceiro tipo mais prevalente de tumor entre as mulheres brasileiras e a quarta maior causa de morte, com cerca de 17 mil novos casos por ano, e aproximadamente 7 mil mortes. Quase 100% dos casos so decorrentes da infeco pelo Papilomavrus Humano, ou HPV, um vrus com mais de 200 tipos, dos quais apenas dois - o 16 e o 18 - so responsveis por 70% dos casos.
Quase 65% das pacientes s descobrem a doena em estgio j avanado. Por isso, uma das principais novidades do novo Plano Nacional para a Eliminao do Cncer de Colo de tero a inteno de implementar no Sistema nico de Sade um novo tipo de teste, do tipo molecular, para diagnstico do HPV, em substituio ao exame citopatolgico feito atualmente, conhecido popularmente como preventivo ou papanicolau. " um teste que te permite saber a persistncia ou no do vrus. As pessoas se contaminam com o HPV com muita frequncia, em idade precoce, provavelmente 90% da populao. Normalmente, esse vrus desaparece, mas quando ele persiste, tem possibilidade maior de desenvolver doenas associadas, levando a leses precursoras e ao prprio cncer de colo uterino", explica o diretor-geral do Instituto Nacional do Cncer (Inca), Roberto Gil.
De acordo com Gil, no momento, os testes disponveis esto sendo validados para a escolha da melhor opo. Mas resultados de testes-modelo feitos pela Organizao Mundial da Sade (OMS) mostram que eles podem reduzir em 46% os casos de cncer e em 51% a mortalidade pela doena, ndices superiores aos do exame citopatolgico. O pblico-alvo composto por todas as mulheres, ou pessoas com tero, de 25 a 64 anos, principalmente aquelas que nunca fizeram exame preventivo.
Associado ao novo diagnstico, os servios pblicos tambm devem implementar um sistema de autocoleta, em que a prpria paciente poder extrair o material para a anlise, sem a necessidade de uma consulta ginecolgica. "Um gargalo que a gente tem pra fazer o rastreamento que muitas mulheres no vo ao posto ou se sentem intimidadas, principalmente se for um homem fazendo o exame. Como esse exame molecular mais simples de ser colhido, comeamos a trabalhar tambm com a autocoleta", complementa o diretor-geral do Inca. O mtodo j est sendo testado em cidades de Pernambuco e So Paulo e, a partir do incio do ano que vem, deve ser adotado de forma escalonada, em lugares selecionados, principalmente nas regies Norte e Nordeste, que apresentam as maiores taxas de mortalidade pela doena.
Alm do rastreio tardio, as pacientes sofrem com a demora at o incio do tratamento. Apesar da lei brasileira determinar que ele deve comear em at 60 dias, cerca de metade delas s recebe algum tratamento depois desse prazo nas regies Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O Sul a nica regio onde a situao mais frequente que as pessoas diagnosticadas comecem a se tratar em at 30 dias, o que ocorre com 44% dos pacientes. No Norte, em 65% dos casos, o tratamento s comea aps os dois meses. Essa demora tambm impacta a proporo de bitos, que a dos 15% na regio, bem acima da mdia brasileira, que de 6%.
A meta da Organizao Mundial da Sade o rastreamento de pelo menos 70% das mulheres, com testes de alta performance. A partir disso, 90% dos casos positivos para HPV devem ser tratados rapidamente. O diretor do Inca explica qual o percurso ideal, a partir do diagnstico: "Se voc fez o teste e detectou o vrus, o ideal que faa um exame de colposcopia, para avaliar se tem alguma leso e fazer a bipsia quando necessrio. Se for identificada leso precursora, j fazer a exciso e se tiver o diagnstico da doena, com um adenocarcinoma j instalado, a paciente deve ser encaminhada a um servio de alta complexidade para tratar o cncer de colo." Para alcanar a meta da OMS, o Brasil precisa aumentar em pelo menos 56% o nmero de colposcopias e em mais de 600% a quantidade de bipsias.
Vacinao
A eliminao do cncer de colo do tero, no entanto, s ser possvel se novas infeces pelo HPV deixarem de ocorrer, o que depende da vacinao. A meta alcanar 90% do pblico-alvo, hoje composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos. A vacinao pelo Sistema nico de Sade (SUS) tambm est disponvel para pessoas imunodeprimidas, vtimas de violncia sexual e usurios de Prep, a Profilaxia Pr-Exposio ao HIV, com at 45 anos. Alm disso, o Ministrio da Sade lanou uma estratgia de resgate de jovens com at 19 anos que no tenham se vacinado na idade adequada.
O diretor do Programa Nacional de Imunizaes, Eder Gatti, explica porque esse o esquema adotado pelo SUS: "Esse o pblico que ainda no entrou na vida sexual, ou seja, ainda no se exps ao vrus. o pblico que tem o maior risco e, ao mesmo tempo, a melhor oportunidade de se proteger. Por uma questo de direcionamento dos esforos, considerando que o PNI uma ao programtica e preventiva, escolhemos esse grupo alvo de 9 a 14 anos. Quanto mais tempo a na vida da pessoa, maior o risco de ela j ter vivido situaes de exposio ao HPV, que um vrus muito comum. Ento, em termos de resultado, acaba sendo melhor direcionar para os adolescentes."
A vacinao contra o HPV no Brasil completa dez anos em 2014 e foi incluindo pblico-alvo maior de l para c. Os nmeros mais atualizados mostram que at o ano ado, o Brasil alcanou uma cobertura vacinal mdia entre as meninas de 81,1%, que ou de 96% no Paran, mas no chegou a 43% no Acre. A vacinao dos meninos mais preocupante, com cobertura mdia de 56,9% no Brasil e de apenas 25% no estado da Regio Norte.
Nesta sexta-feira (6), o PNI deve lanar nova ferramenta de acompanhamento da aplicao da vacina, com as taxas de cobertura divididas por cada uma das idades do pblico-alvo. Ela mostra que a cobertura entre as crianas de 9 anos ficou abaixo de 69% no ano ado, mas entre os adolescentes com13 anos, j tinha alcanado 100%.
Desde abril, o PNI adota o esquema vacinal de apenas uma dose, substituindo as duas que eram necessrias anteriormente. A mudana recomendada pela OMS, por evitar que o adolescente precise retornar ao posto de sade para tomar a dose de reforo e s assim ficar completamente imunizado. Este ano, mais de 6 milhes de doses da vacina foram distribudas aos estados e municpios. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizaes Eder Gatti, a prioridade para o ano que vem aumentar o alcance nos municpios que ainda esto com cobertura baixa, especialmente entre os meninos.
Em 20 anos, o cncer de colo de tero pode se tornar doena residual no Brasil, se o pas seguir um novo plano de combate doena, que prev avanos no rastreio, tratamento e, principalmente, na vacinao contra o HPV. Hoje, esse o terceiro tipo mais prevalente de tumor entre as mulheres brasileiras e a quarta maior causa de morte, com cerca de 17 mil novos casos por ano, e aproximadamente 7 mil mortes. Quase 100% dos casos so decorrentes da infeco pelo Papilomavrus Humano, ou HPV, um vrus com mais de 200 tipos, dos quais apenas dois - o 16 e o 18 - so responsveis por 70% dos casos.
Quase 65% das pacientes s descobrem a doena em estgio j avanado. Por isso, uma das principais novidades do novo Plano Nacional para a Eliminao do Cncer de Colo de tero a inteno de implementar no Sistema nico de Sade um novo tipo de teste, do tipo molecular, para diagnstico do HPV, em substituio ao exame citopatolgico feito atualmente, conhecido popularmente como preventivo ou papanicolau. " um teste que te permite saber a persistncia ou no do vrus. As pessoas se contaminam com o HPV com muita frequncia, em idade precoce, provavelmente 90% da populao. Normalmente, esse vrus desaparece, mas quando ele persiste, tem possibilidade maior de desenvolver doenas associadas, levando a leses precursoras e ao prprio cncer de colo uterino", explica o diretor-geral do Instituto Nacional do Cncer (Inca), Roberto Gil.
De acordo com Gil, no momento, os testes disponveis esto sendo validados para a escolha da melhor opo. Mas resultados de testes-modelo feitos pela Organizao Mundial da Sade (OMS) mostram que eles podem reduzir em 46% os casos de cncer e em 51% a mortalidade pela doena, ndices superiores aos do exame citopatolgico. O pblico-alvo composto por todas as mulheres, ou pessoas com tero, de 25 a 64 anos, principalmente aquelas que nunca fizeram exame preventivo.
Associado ao novo diagnstico, os servios pblicos tambm devem implementar um sistema de autocoleta, em que a prpria paciente poder extrair o material para a anlise, sem a necessidade de uma consulta ginecolgica. "Um gargalo que a gente tem pra fazer o rastreamento que muitas mulheres no vo ao posto ou se sentem intimidadas, principalmente se for um homem fazendo o exame. Como esse exame molecular mais simples de ser colhido, comeamos a trabalhar tambm com a autocoleta", complementa o diretor-geral do Inca. O mtodo j est sendo testado em cidades de Pernambuco e So Paulo e, a partir do incio do ano que vem, deve ser adotado de forma escalonada, em lugares selecionados, principalmente nas regies Norte e Nordeste, que apresentam as maiores taxas de mortalidade pela doena.
Alm do rastreio tardio, as pacientes sofrem com a demora at o incio do tratamento. Apesar da lei brasileira determinar que ele deve comear em at 60 dias, cerca de metade delas s recebe algum tratamento depois desse prazo nas regies Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O Sul a nica regio onde a situao mais frequente que as pessoas diagnosticadas comecem a se tratar em at 30 dias, o que ocorre com 44% dos pacientes. No Norte, em 65% dos casos, o tratamento s comea aps os dois meses. Essa demora tambm impacta a proporo de bitos, que a dos 15% na regio, bem acima da mdia brasileira, que de 6%.
A meta da Organizao Mundial da Sade o rastreamento de pelo menos 70% das mulheres, com testes de alta performance. A partir disso, 90% dos casos positivos para HPV devem ser tratados rapidamente. O diretor do Inca explica qual o percurso ideal, a partir do diagnstico: "Se voc fez o teste e detectou o vrus, o ideal que faa um exame de colposcopia, para avaliar se tem alguma leso e fazer a bipsia quando necessrio. Se for identificada leso precursora, j fazer a exciso e se tiver o diagnstico da doena, com um adenocarcinoma j instalado, a paciente deve ser encaminhada a um servio de alta complexidade para tratar o cncer de colo." Para alcanar a meta da OMS, o Brasil precisa aumentar em pelo menos 56% o nmero de colposcopias e em mais de 600% a quantidade de bipsias.
Vacinao
A eliminao do cncer de colo do tero, no entanto, s ser possvel se novas infeces pelo HPV deixarem de ocorrer, o que depende da vacinao. A meta alcanar 90% do pblico-alvo, hoje composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos. A vacinao pelo Sistema nico de Sade (SUS) tambm est disponvel para pessoas imunodeprimidas, vtimas de violncia sexual e usurios de Prep, a Profilaxia Pr-Exposio ao HIV, com at 45 anos. Alm disso, o Ministrio da Sade lanou uma estratgia de resgate de jovens com at 19 anos que no tenham se vacinado na idade adequada.
O diretor do Programa Nacional de Imunizaes, Eder Gatti, explica porque esse o esquema adotado pelo SUS: "Esse o pblico que ainda no entrou na vida sexual, ou seja, ainda no se exps ao vrus. o pblico que tem o maior risco e, ao mesmo tempo, a melhor oportunidade de se proteger. Por uma questo de direcionamento dos esforos, considerando que o PNI uma ao programtica e preventiva, escolhemos esse grupo alvo de 9 a 14 anos. Quanto mais tempo a na vida da pessoa, maior o risco de ela j ter vivido situaes de exposio ao HPV, que um vrus muito comum. Ento, em termos de resultado, acaba sendo melhor direcionar para os adolescentes."
A vacinao contra o HPV no Brasil completa dez anos em 2014 e foi incluindo pblico-alvo maior de l para c. Os nmeros mais atualizados mostram que at o ano ado, o Brasil alcanou uma cobertura vacinal mdia entre as meninas de 81,1%, que ou de 96% no Paran, mas no chegou a 43% no Acre. A vacinao dos meninos mais preocupante, com cobertura mdia de 56,9% no Brasil e de apenas 25% no estado da Regio Norte.
Nesta sexta-feira (6), o PNI deve lanar nova ferramenta de acompanhamento da aplicao da vacina, com as taxas de cobertura divididas por cada uma das idades do pblico-alvo. Ela mostra que a cobertura entre as crianas de 9 anos ficou abaixo de 69% no ano ado, mas entre os adolescentes com13 anos, j tinha alcanado 100%.
Desde abril, o PNI adota o esquema vacinal de apenas uma dose, substituindo as duas que eram necessrias anteriormente. A mudana recomendada pela OMS, por evitar que o adolescente precise retornar ao posto de sade para tomar a dose de reforo e s assim ficar completamente imunizado. Este ano, mais de 6 milhes de doses da vacina foram distribudas aos estados e municpios. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizaes Eder Gatti, a prioridade para o ano que vem aumentar o alcance nos municpios que ainda esto com cobertura baixa, especialmente entre os meninos.
Tmara Freire - Reprter da Agncia Brasil
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