O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso do Sul julgar na prxima tera-feira (20), a partir das 17h, o pedido de cassao do mandato da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (PP). A ao, protocolada pelo Democracia Crist e pelo PDT, aponta compra de votos durante as eleies municipais de 2024. 35761 O recurso foi includo na pauta pelo relator do caso, juiz Alexandre Antunes da Silva. O procurador regional eleitoral, Luiz Gustavo Mantovani, emitiu parecer favorvel cassao dos mandatos e inelegibilidade de Adriane e Camilla por um perodo de oito anos, at 2036. Indcios de compra de votos e possvel impacto eleitoral Com base em depoimentos, vdeos e documentos anexados ao processo, o Ministrio Pblico Eleitoral (MPE) concluiu que h indcios de compra de votos durante o pleito de 2024. Adriane Lopes venceu sua principal adversria, Rose Modesto (Unio Brasil), por uma diferena de apenas 12 mil votos. O procurador Luiz Gustavo Mantovani destacou a gravidade das denncias e os impactos negativos para a lisura do processo eleitoral: "Trata-se de uma conduta de evidente reprovabilidade tica, com efeitos prejudiciais para o sistema democrtico e a sociedade brasileira, alm de comprometer a legitimidade da disputa e a igualdade na competio." Segundo as denncias feitas pelo PDT e pelo Democracia Crist, houve at ree de dinheiro via PIX para compra de votos, o que refora os argumentos apresentados na ao. Defesa argumenta desconhecimento da prefeita sobre irregularidades A defesa da prefeita Adriane Lopes no negou a compra de votos, mas alegou que ela no teve conhecimento nem autorizou tais prticas. Apesar de ter sido beneficiada pelo suposto esquema, a prefeita argumenta que no pode ser responsabilizada diretamente pelos atos de terceiros. O pedido de cassao foi negado em primeira instncia pelo juiz Ariovaldo Nantes Corra, da 036 Zona Eleitoral. Agora, o caso chega ao TRE para uma deciso definitiva que pode mudar os rumos polticos do municpio. |