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Economia
29/11/2009 - 09:16
Faltam pedreiros no mercado
Foto: Divulgao
Correio Braziliense

O reaquecimento do mercado imobilirio no Distrito Federal trouxe de volta um velho problema: falta mo de obra. Depois do recuo ocasionado pela crise mundial, as obras s no esto mais aceleradas porque as empresas enfrentam dificuldade em conseguir trabalhadores. Na tentativa de suprir um deficit de pelo menos trs mil pessoas, os empregadores tm recrutado trabalhadores de Gois e Minas Gerais, e das Regies Norte e Nordeste. O crescimento de guas Claras, o surgimento do Setor Noroeste e o incio das obras para a Copa do Mundo de 2014 tendem a agravar a situao. 2g4o23

No ltimo ano, a construo civil foi o setor que mais absorveu mo de obra no DF, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (Dieese). De outubro de 2008 at aqui, 15 mil pessoas aram a trabalhar na construo civil, um aumento de 30% no perodo. Atualmente, so 65 mil pessoas empregadas em canteiros de obra. Em 2003, eram 35 mil, pouco mais que a metade. Apesar da turbinada no contingente, a oferta de emprego no para de crescer. Com a retomada dos lanamentos a partir de maro deste ano, voltaram a sobrar vagas.

Dos 234 homens que ajudam a levantar mais um arranha-cu de guas Claras, apenas seis so do DF. O restante resultado do fluxo migratrio. A maioria saiu da Bahia, do Maranho e do Piau. Gente simples, sem muito estudo, atrs de uma oportunidade na capital. O mestre de obra Agnaldo Jos Ferreira Pires, 66 anos, conta que todo dia precisa ensinar o que ele comeou a aprender aos 14 anos. Tem que ficar em cima. O nvel de qualificao muito baixo. Hoje em dia no qualquer um que sabe trabalhar em obra, no, comenta. H dois anos, Agnaldo aceitou sair de Goinia e ir morar em Braslia para preencher a vaga com direito a salrio de R$ 4.660.

Para o gesseiro Jos Lima, a baixa remunerao explica a quantidade de postos abertos: "O povo prefere viver de bico mesmo sem as garantias"
A maior carncia do mercado de carpinteiros, armadores de ferragem e, principalmente, pedreiros. Agnaldo precisa de cinco. Na obra vizinha dele, o encarregado est procura de 10. quase impossvel achar um canteiro de obras que no esteja com vagas abertas. Emprego tem sobrando, mas uma dificuldade enorme encontrar gente qualificada. Pedreiro, por exemplo, voc procura, procura e simplesmente no acha, diz o vice-presidente do Sindicato da Indstria da Construo Civil do DF (Sinduscon-DF), Jlio Csar Peres.

Na avaliao dele, qualificar os trabalhadores a melhor estratgia para enfrentar o apago de mo de obra. O sindicato tem parceria com o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para capacitar os operrios.

H 14 anos, o gesseiro Jos Lima, 30, deixou o Maranho para trs e decidiu trabalhar em obras na capital federal. Ele diz que o problema no falta de mo de obra, como alegam as construtoras, mas, sim, o salrio da categoria. Ningum aguenta explorao, no, moo. Tem muita gente querendo emprego e disposta a trabalhar, mas so poucos os que topam se arriscar e ralar o que a gente rala para ganhar mixaria, comenta. S este ano, ele j trocou de empresa seis vezes em busca de melhores condies. E no venham com essa histria de que no sou qualificado porque eu sou, fiz curso no Senai, ressalva Lima, casado, pai de trs filhos, morador de Valparaso de Gois. Na empresa em que fichado, Lima no ganha mais que R$ 1 mil por ms. No ltimo bico, porm, faturou R$ 1,5 mil em 15 dias. O povo prefere viver de bico mesmo sem as garantias. Enquanto no pagarem melhor, vo ficar reclamando que falta gente, completa.

Este ano, a construtora JC Gontijo forma a primeira turma de 20 mestres de obra em um curso oferecido por uma faculdade particular da cidade. A ideia aumentar o nmero de turmas para diminuir a necessidade de buscar trabalhadores fora do DF. Em maro, para iniciar a construo do Living Superquadra Park Sul, um complexo residencial com 1.152 unidades s margens da Estrada Parque Indstria e Abastecimento (Epia), foi preciso recrutar homens em Goinia e em Belm (PA). Temos emprego vontade. O problema mesmo a qualificao. A mo de obra est escassa e o jeito formar quem a gente consegue recrutar, refora o scio-diretor da empresa Rodrigo Nogueira.

Na dificuldade de conseguir mo de obra para erguer no Lago Norte o Shopping Iguatemi, as Organizaes PauloOctavio precisaram anunciar a oferta de vagas em carros de som que rodavam o dia inteiro em Samambaia, Ceilndia e Planaltina. O fluxo migratrio inevitvel. Muita gente daqui que antes trabalhava na construo civil migrou para outros setores, avalia o presidente da empresa, Marcelo Carvalho.

O funcionrio da construo civil ganha por hora ou por ms. Para tirar mais que o piso da categoria (veja quadro), alguns trabalham at 12 horas por dia. H pedreiros e carpinteiros com salrio de R$ 2 mil. Mas esses so raros. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indstrias da Construo e do Mobilirio do DF (Sticmb-DF), Joo Barbosa, culpa as construtoras pela escassez de mo de obra. claro que falta mo de obra e vai continuar faltando enquanto os empresrios no investirem no trabalhador. Eles s querem explorar. Quanto menos capacitado, melhor para eles porque pagam menos. Por isso que tem obra caindo e peo morrendo, diz.

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